Bacias hidrográficas Brasileiras
Bacia hidrográfica é um conjunto de terras banhadas por um rio principal e seus afluente e sub afluentes e onde ocorre a drenagem da água das chuvas para um determinado curso de água (geralmente um rio). Com o terreno em declive, a água de diversas fontes (rios, ribeirões, córregos, etc) deságuam num determinado rio, formando assim uma bacia hidrográfica. Logo, uma bacia hidrográfica é formada por um rio principal (as vezes dois ou três) e um conjunto de afluentes que deságuam neste rio principal.
A bacia do rio São Francisco, alvo de nosso estudo, é a terceira bacia hidrográfica do Brasil e a única totalmente brasileira. Drena uma área de 640.000 km² e ocupa 8% do território nacional. Cerca de 83% da bacia encontra-se nos estados de Minas Gerais e Bahia, 16% em Pernambuco, Sergipe e Alagoas e 1% em Goiás e Distrito Federal.
Sua calha está situada na depressão são-franciscana, entre os terrenos cristalinos a leste (serra do Espinhaço, Chapada Diamantina e Planalto Nordeste) e os planaltos sedimentares do Espigão Mestre a oeste, conferindo diferenças quanto aos tipos de águas dos afluentes. Os rios da margem direita, que nascem nos terrenos cristalinos, possuem águas mais claras, enquanto os da margem esquerda, terrenos sedimentares, são mais barrentos. No seu terço final limita Bahia e Pernambuco desviando-se para leste em virtude dos contrafortes das chapadas do Araripe e Borborema. O Rio corre pelo interior do Brasil no sentido Sudeste para Nordeste percorrendo uma grande diversidade de solos, climas e regimes hidrológicos. O trecho médio e parte do baixo São Francisco estão localizados no chamado Polígono das Secas de pluviosidade irregular e onde estão localizados os maiores índices de exclusão social do país.
Observe o mapa a seguir mostrando a localização da Bacia do Rio São Francisco com seus principais afluentes, cidades, represas e sua posição em relação ao Brasil.Clique para ampliar
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Os principais reservatórios do rio São Francisco: Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso e Xingó produzem energia hidrelétrica e se transformam em pólos regionais de desenvolvimento, com a intensificação de usos múltiplos nos últimos 10 anos: aquacultura(Atividade técnico-científica-econômica destinada à criação de seres vivos aquáticos (peixes, crustáceos, algas etc.), com o objetivo de aumentar a produtividade dos ambientes em que vivem),irrigação, suprimento de água, turismo e recreação, pesca comercial e pesca esportiva. Os dados para a represa de Xingó, indicam um reservatório pouco eutrofizado, ( processo, natural ou provocado por atividades humanas, em que o aumento de nutrientes da água causa um acúmulo de algas e matéria orgânica decomposta ) mas com evidências claras de efeitos ambientais resultantes dos usos das bacias hidrográficas, principalmente na qualidade da água.
A vegetação da bacia do baixo São Francisco é predominantemente cerrado e Floresta Atlântica. O baixo São Francisco tem clima úmido, porém com tributários que provêm do semi-árido. A descarga anual do rio São Francisco é de 94.000.000 mil m3. O fluxo varia de 2.100 a 2.800 m3/s com cerca de 3.000 m3/s próximo à foz. Estes fluxos são naturais, ocorrendo atualmente regularizações através dos reservatórios, para otimização dos usos das cheias.
O rio São Francisco tem uma enorme importância regional, e pode ser considerado como um dos principais fatores de desenvolvimento no Nordeste. Através de inúmeros planos de desenvolvimento, um conjunto de idéias de grande porte foi sendo construído, de tal forma que um plano integrado de desenvolvimento, envolvendo agências de governo federal, governos estaduais, e iniciativa privada foi gerado.
Estão instaladas na bacia do São Francisco as seguintes usinas hidrelétricas, entre pequenas e grandes: Cajuru, Conselheiro Mata, Gafanhoto, Pandeiros, Paraúna, Rio das Pedras, Três Marias, Sobradinho, Itaparica, Moxotó, Paulo Afonso e Xingó. As sete primeiras estão localizadas no alto São Francisco e as restantes no sub-médio e baixo. Cerca de 1/4 da área represada por barragens hidrelétricas no Brasil localiza-se na bacia do São Francisco. Ao acumularem água durante a estação chuvosa, estas represas alteraram grandemente a vazão normal do rio e de seus tributários.
Estão instaladas na bacia do São Francisco as seguintes usinas hidrelétricas, entre pequenas e grandes: Cajuru, Conselheiro Mata, Gafanhoto, Pandeiros, Paraúna, Rio das Pedras, Três Marias, Sobradinho, Itaparica, Moxotó, Paulo Afonso e Xingó. As sete primeiras estão localizadas no alto São Francisco e as restantes no sub-médio e baixo. Cerca de 1/4 da área represada por barragens hidrelétricas no Brasil localiza-se na bacia do São Francisco. Ao acumularem água durante a estação chuvosa, estas represas alteraram grandemente a vazão normal do rio e de seus tributários.
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Represa de Sobradinho by lane 262Represa de Sobradinho by lane262
Represa de Xingó
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Represa de Xingó
Tanto as barragens hidrelétricas como as de irrigação transformaram a paisagem do rio São Francisco, fazendo com que ele se confunda com alguns de seus tributários. Atualmente, o rio São Francisco possui apenas dois trechos de águas navegáveis: 1.100 km entre as barragens de Três Marias e Sobradinho, com vários tributários de grande porte e inúmeras lagoas marginais; e 280 km da barragem de Sobradinho até a entrada do reservatório de Itaparica. Daí para baixo, transforma-se em uma cascata de reservatórios da Companhia Hidrelétrica do Rio São Francisco – CHESF, (Itaparica, Complexo Moxotó com Paulo Afonso I, II,III,IV e Xingó). Estes dois trechos e os grandes tributários, onde existem as lagoas marginais, ainda permitem a existência de espécies de peixes migradores, importantes para as pescarias comerciais e amadoras.
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