quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Acidente nas obras de Transposição do Rio São Francisco

Explosão em obra de transposição do
rio São Francisco mata três pessoas

R   7 

Acidente deixou outros dez feridos, mas o número de vítimas pode ser maior
Uma explosão no canteiro de obras de transposição do Rio São Francisco em Sertânia (PE), a 316 km de Recife, matou três pessoas na noite desta terça-feira (21). O acidente aconteceu no fim da tarde e deixou outras dez pessoas feridas, algumas delas em estado grave. As causas do incidente já começaram a ser investigadas.
Segundo informações da Polícia Militar pernambucana, estavam agendadas duas detonações na área das obras. A primeira ocorreu sem problemas, mas a segunda não aconteceu como planejado. Durante um intervalo dado pelos engenheiros, um funcionário responsável pela fiscalização do procedimento se aproximou do local onde estava a carga, quando ocorreu a explosão.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e iniciou o trabalho de resgate com a perspectiva de que muitos operários poderiam estar soterrados. Pelo menos dez pessoas foram socorridas e encaminhadas a hospitais da região, enquanto outras três foram declaradas mortas no local. As equipes não descartam que o número de vítimas seja ainda maior e os trabalhos continuaram durante a madrugada desta quarta-feira (22).

A obra atingida pelo acidente em Sertânia faz parte do eixo leste da transposição do rio São Francisco, sendo dividido em cinco lotes e com quatro consórcios diferentes sendo responsáveis pelos trabalhos. O trecho da explosão é considerado um dos mais complicados do projeto, sobretudo por ser íngreme.
Responsável pelo projeto, o Ministério da Integração Nacional ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Transposição será tocada por estatal

Transposição do Rio São Francisco será tocada por estatal

Escrito por Redação IndependenteFM
Já está na Casa Civil e deve ser enviado ao Congresso em breve o projeto de lei para a criação da Água de Integração do Nordeste Setentrional (Agnes), empresa estatal que irá administrar a transposição do Rio São Francisco. O projeto, orçado em R$ 6,6 bilhões e um dos maiores do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), prevê levar água do Velho Chico através de mais de 600 quilômetros de canais para abastecer 12 milhões de pessoas que hoje vivem na região semiárida dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. " A Agnes vai vender água do São Francisco para abastecimento humano, indústrias e projetos de irrigação. O Eixo Leste do projeto de transposição tem captação no lago de Itaparica, no município pernambucano de Floresta, e percorrerá 220 quilômetros até o Rio Paraíba, no estado vizinho. Já o Eixo Norte tem captação próxima à cidade de Cabrobó, também em Pernambuco, e segue por 402 quilômetros até chegar ao Ceará, passando antes pela Paraíba e pelo Rio Grande do Norte. Nesse eixo, a demanda no estado será de até 1 mil litros por segundo. Essa água abastecerá basicamente o município de Salgueiro e região.

sábado, 20 de novembro de 2010

Usinas nucleares no Rio São Francisco

Energia nuclear no Sertão
Edição de sábado, 20 de novembro de 2010 
Belém do São Francisco é a cidade apontada para abrigar usinas, caso Pernambuco seja local escolhido


Belém do São Francisco é a cidade escolhida para abrigar as duas usinas nucleares previstas para o Nordeste, caso sejam instaladas em Pernambuco. O município, que está a 486 km do Recife, foi considerado excelente para a atividade pela comissão da Eletronuclear, estatal responsável pela construção das usinas. As duas usinas representam investimentos de R$ 12 bilhões e 1,6 mil empregos. O resultado parcial dos estudos para identificação dos possíveis locais de instalação foi apresentado ontem durante o 3º Congresso de Direito da Energia (Energycon III), no Golden Tulip Recife Palace.

Como já indica o nome da cidade, a proximidade com o Rio São Francisco foi fundamental para a escolha. É preciso estar próximo do litoral ou de rios, por conta da utilização da água para resfriamento dos reatores. Apesar do projeto inicial ser de apenas duas usinas, um dos requisitos era encontrar uma área com capacidade para abarcar até seis usinas, de 7 a 10 km2, o dobro do complexode Angra.

Belém do São Francisco possui um terreno disponível nessas dimensões, com duas vantagens adicionais, segundo Carlos Henrique Mariz, assistente da presidência da Eletronuclear e responsável pelo escritório da estatal no Recife. Uma é que a área pertence a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) - ou seja, não haverá problemas para desapropriação da área, já que é propriedade do governo federal. Além disso, o local está a mais de 10 km do vilarejo mais próximo. Isso é quase o dobro da distância mínima exigida para municípios com até 25 mil habitantes (Belém do São Francisco tem 22 mil), que é de 6 km.

A cidade está próxima de centros urbanos, tem universidade e escolas técnicas. ´Isso facilita na formação de mão de obra`, diz Mariz. Por estar próxima ao complexo de Paulo Afonso, a cidade possui boa infraestrutura rodoviária e de linhas de transmissão. 



Pelo menos uma usina nuclear será construída à margem do São Francisco, prevê a Eletronuclear

Agência Estado
São Paulo está fora da corrida pela instalação de novas centrais nucleares no País, segundo relatório da estatal. Ordem de construção será dada durante o governo de Dilma.

Quatro estados banhados pelo São Francisco disputam a construção da primeira usina nuclear do Nordeste
São Paulo está fora da corrida pela instalação de novas centrais nucleares no País. Estudos da estatal Eletronuclear sobre a localização das próximas quatro usinas, programadas para entrar em funcionamento até 2030, levantaram obstáculos técnicos à construção de instalação nuclear no Estado.
Grandes concentrações populacionais, pouca disponibilidade de água e, paradoxalmente, a presença de grande reservatório subterrâneo, o aquífero Guarani, são quesitos que desaconselham o funcionamento de uma central nuclear em São Paulo, de acordo com avaliação realizada pela estatal, a que o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso.
As duas próximas usinas nucleares brasileiras serão construídas no Nordeste, às margens do rio São Francisco. A localização exata depende de uma decisão política do futuro governo Dilma Rousseff. Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe disputam a central.
Com a saída de São Paulo do páreo, a Eletronuclear detalha estudos de outras localidades no Sudeste e não está descartada a ampliação das instalações de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, cidade que já abriga as duas primeiras usinas brasileiras. Angra 3 teve as obras retomadas recentemente, depois de mais de 20 anos de paralisação. Minas Gerais e Espírito Santo também têm áreas que são avaliadas pela empresa.
A localização das próximas usinas brasileiras é uma das indefinições do Programa Nuclear Brasileiro e será assunto no primeiro “encontro de negócios” da área, na próxima terça-feira, em São Paulo. Na ocasião, será debatida a possibilidade de a iniciativa privada construir e operar essas novas instalações, por meio de concessões, como já acontece com usinas hidrelétricas.


SUA REGIÃO PODERÁ RECEBER UMA DAS USINAS NUCLEARES DA ELETRONUCLEAR


Usina Nuclear de Angra dos Reis - RJ


Eletronuclear prepara lista de 40 cidades que podem receber as novas usinas nucleares

janeiro 19, 2011 por HENRIQUE CORTEZ
Até o fim do primeiro semestre, a Eletronuclear pretende encaminhar ao governo federal uma lista com 40 locais, nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, onde poderão ser instaladas as novas usinas nucleares brasileiras. A informação foi dada ontem (18) pelo presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, ao abrir, no Rio de Janeiro, o 2º Seminário Nacional de Energia Nuclear.
O coordenador do escritório da estatal no Nordeste, Carlos Henrique Mariz, esclareceu, porém, em entrevista à Agência Brasil, que a prioridade para implantação das novas usinas nucleares, já definida pela holding Eletrobras no planejamento até 2030, é o Nordeste brasileiro.
Três cenários de investimentos estão delineados. O primeiro envolve a construção de quatro usinas, duas no Nordeste e duas no Sudeste. O cenário intermediário prevê seis novas usinas, três em cada região. O cenário de investimentos mais volumosos, para atender ao crescimento da demanda, engloba oito plantas geradoras, quatro em cada região, “com a prioridade inicial no Nordeste”, insistiu Mariz. Cada usina deverá ter entre 1 mil megawatts (MW) e 1,1 mil MW de potência instalada.
Atualmente, quatro estados nordestinos disputam a sede das novas usinas nucleares: Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. O coordenador do escritório da Eletronuclear estimou que a definição dos locais, pelo governo federal, poderá ocorrer ainda neste primeiro semestre de 2011. O que há, no momento, segundo ele, são pré-condições para uma definição. Algumas microrregiões com condições para receber usinas já estão delimitadas entre Pernambuco e Bahia e entre Sergipe e Alagoas.
Uma das áreas em estudo pela Eletronuclear é a região de Belém do São Francisco, em Pernambuco. “É um sítio bastante interessante. Mas não quer dizer que isso seja uma decisão. Mas, provavelmente, se for em Pernambuco, há uma grande possibilidade de que a usina seja construída em torno do município de Belém do São Francisco”, revelou Mariz.
Mariz estimou que o custo total de cada usina, com 1,1 mil MW instalados, é de R$ 10 bilhões (cerca de US$ 6 bilhões).
O coordenador destacou que os lugares escolhidos poderão abrigar centrais nucleares, com mais de uma usina instalada, a exemplo de Angra dos Reis, no estado do Rio, onde está a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, com as usinas Angra 1 e 2 e, em construção, Angra 3.
“Nesse estudo, nós tivemos a preocupação de escolher locais com a possibilidade de você colocar, pelo menos, seis usinas nucleares, porque está demonstrado que, se você centraliza em um local, tem economia de escala bastante significativa”. Essa é a orientação da Eletronuclear.
Reportagem de Alana Gandra, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 19/01/2011


Rolls-Royce poderá atuar nas novas usinas 

nucleares planejadas para as margens do São 

Francisco

17 de fevereiro, 2011

A meta do governo brasileiro de construir pelo menos mais quatro usinas nucleares até 2030 pode abrir espaço para a entrada da Rolls-Royce nesse mercado no país. Atualmente, a companhia britânica atua no Brasil nos setores de serviços, energia, aeroespacial e marítimo.
Em visita ao país, o presidente mundial da empresa para o setor de energia, Andrew Heath, encontrou-se no início da semana com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para “descrever o que fazemos” não apenas no setor nuclear, mas na geração de energia e no apoio a atividades de exploração e produção de petróleo offshore.
O plano do governo federal é construir de quatro a oito usinas até 2030 e inicialmente foram analisados locais às margens do rio São Francisco  nos Estados de Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe, que devem receber as unidades.











Alagoas fica fora da disputa pela instalação de usina nuclear no Nordeste

Área candidata ficou entre Pernambuco e Bahia
por Redação com Blog do Jamildo


Alagoas fica fora da disputa pela instalação de usina nuclear no Nordeste


O estado de Alagoas ficou fora da lista dos preferidos para receber a construção de uma usina nuclear, que será instalada no Nordeste. Foram estudados 10 sítios primários em quatro estados (Pernambuco, Bahia, Sergipe e Alagoas) e a área candidata ficou entre Pernambuco e a Bahia, entre as cinco opções propostas.


No entato, o governo Federal já escolheu a cidade de Itacuruba/PE, no sertão do São Francisco, como a primeira opção para a instalação de uma usina nuclear na região. De acordo com o documento oficial, o sítio reúne as melhores condições porque conta com solo estável, oferta de água em abundância e também está localizado nas proximidades das linhas de transmissão da Chesf. A água é usada para resfriar os sistemas de geração da usina atômica.


Datado do dia 19 de janeiro passado, o documento A Rota da Expansão da Energia Nuclear no Nordeste é assinado pelo engenheiro Carlos Henrique Mariz, diretor da Eletronuclear no Nordeste. Ele trata justamente da implantação da central nuclear do Nordeste. Até então, o que se sabia oficialmente é que o empreendimento federal poderia ser localizado em alguma cidade às margens do Rio São Francisco e o Estado de Alagoas era um dos que pleiteavam o empreendimento.


O terreno apontado como opção fica às margens do Lago de Itaparica, no sertão. A usina pertence à Chesf, que administra também o reservatório. A Eletronuclear paga uma fortuna em royalties para os municípios que abrigam empreendimentos da mesma natureza, como compensação ambiental. No entanto, o próprio documento frisa que a decisão será política.


Na fase de construção, a obra pode demandar mais de 2,5 mil empregados, de acordo com o estudo. Para operação, cerca de 600 empregados seriam necessários, ajudando a manter uma alta renda na cidade. De acordo com o documento, o município foi escolhido depois de passar por uma peneira. Foram estudados 10 sítios primários em quatro estados (Pernambuco, Bahia, Sergipe e Alagoas). A área candidata ficou entre Pernambuco e a Bahia, entre as cinco opções propostas.


No caso, a Eletronuclear já fez três missões ao sítio Belém de São Francisco. Cerca de 8 quilômetros quadrados de área já estariam reservados para a estatal. A Central do Nordeste, segundo o estudo, teria seis usinas, com capacidade de geração de cerca de 6600 megawatts, com seis reatores e em uma vida útil de 60 anos. Com uma expecativa de lucro de R$ 630 milhões por ano, o projeto poderia pagar-se em até 16 anos.


O empreendimento tem um custo estimado em cerca de R$ 10 bilhões, a serem investidos em um prazo de até oito anos. Pelo estudo da Eletronuclear, a seleção do sítio preferencial teria que se dar neste ano de 2011. O projeto prevê a participação de empresas privadas para o financiamento.


Funcionários da Chesf afimaram que o governo Dilma pode até mesmo retardar a decisão de investir na opção nuclear, para investir na geração de energia a partir de térmicas convencionais. A térmica tem a vantagem de ser localizada em qualquer lugar, por não depender de água para resfriamento. Ela também dispensa a proximidade da rede de distribuição porque pode ser instalada bem próximo aos centros consumidores, como Recife e Salvador.


Com menos tempo, por exemplo, seria possível ter duas térmicas de 500 megawatts do que uma usina nuclear de mil megawatts.


Baixa densidade populacional


Uma usina nuclear geralmente é instalada numa área de baixa densidade populacional, porque devem existir planos de segurança que exigem a retirada de todas as pessoas próximas da planta industrial em caso de emergência. Esta exigência ocorre somente porque é mais fácil desocupar uma área com poucas pessoas do que uma muito populosa.


A fabricação da energia a partir de reatores de energia nuclear é um processo limpo, pois só joga vapor de água na atmosfera. No entanto, o maior problema continua sendo o lixo gerado na fabricação. Ele tem que ser armazenado por muitos anos, em condições seguras, porque é altamente radiativo.



Seminário vai debater instalação de usina nuclear em Pernambuco PDF Imprimir E-mail
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23 de Fevereiro de 2011
usina_nuclear

A implantação de uma usina nuclear no município de Itacuruba, Sertão do São Francisco, anunciada recentemente pelo governo federal, e a expansão da utilização das usinas termelétricas no Nordeste são os temas principais do Seminário “O Futuro da Matriz Energética do Nordeste”, que a Federação Regional dos Urbanitários (Frune) e os sindicatos dos urbanitários e dos eletricitários promovem nesta sexta-feira (25), às 9h, no Mar Hotel, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

Segundo Edvaldo Gomes, coordenador do evento e presidente da Frune, a entidade e os trabalhadores da Chesf entendem que é preciso garantir a geração de energia necessária para atender toda a demanda, com uma diversificação na matriz energética que priorize os custos em busca da redução da tarifa e minimize os impactos ambientais. “É fundamental ainda disponibilizar maior volume de recursos hídricos para outros usos, como irrigação, consumo humano, navegação, transposição, etc., bem como priorizar fontes limpas e renováveis”, afirma.

“Com este seminário, a Frune, os Sindicatos Urbanitários e Eletricitários do Nordeste e os trabalhadores da Chesf querem avançar no debate sobre a implantação de usinas nucleares no Nordeste. A Eletronuclear deve encaminhar ao governo federal, até o fim de fevereiro, cinco propostas de locais para a instalação de duas usinas nucleares no Nordeste. Pelo menos uma próxima do Rio São Francisco, está praticamente certa de ser encaminhada”.

USINA NUCLEAR

Segundo informações do Blog de Jamildo, o documento oficial da Eletronuclear afirma que o município de Itacuruba reúne as melhores condições porque conta com solo estável, oferta de água em abundância e também está localizado nas proximidades das linhas de transmissão da Chesf. A água é usada para resfriar os sistemas de geração da usina atômica. O terreno apontado como opção fica às margens do Lago de Itaparica, no Sertão. A usina pertence à Chesf, que administra também o reservatório.

Ainda de acordo com o blog, o estudo da estatal aponta que na fase de construção, a obra pode demandar mais de 2,5 mil empregados. Para operação, cerca de 600 empregados seriam necessários, ajudando a manter uma alta renda na cidade. O empreendimento tem um custo estimado em cerca de R$ 10 bilhões, a serem investidos em até oito anos. O projeto prevê a participação de empresas privadas para o financiamento.

DEBATE NA ALEPE

O deputado Odacy Amorim (PSB), presidente da Comissão de Negócios Municipais da Assembleia Legislativa de Pernambuco, informou que a decisão da Eletronuclear de instalar uma usina nuclear no Sertão de Pernambuco será tema de debate no colegiado depois do carnaval.

SERVIÇO:

Seminário “O Futuro da Matriz Energética do Nordeste”
Data: 25 de fevereiro (sexta-feira) - 09h
Local: Mar Hotel – Rua Barão de Souza Leão, 451 – Boa Viagem/Recife-PE
Programação:
08h30 - Abertura: Representante do Governo do Estado de PE; Dilton da Conti - Presidente da Chesf; Representante da Eletronuclear; Parlamentares representantes do Nordeste; Representante do Sindurb/PE.
09h30 – A expansão a médio e longo prazo da geração de energia elétrica no Nordeste -
Papel das usinas termelétricas, eólicas e nucleares
Coordenação: Intersindical Nordeste
Expositor: Altino Ventura Filho – Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia - MME
Debatedores: Rômulo Menezes – Chefe do Departamento de Energia Nuclear da UFPE; Parlamentares representantes do Nordeste; Representante da Chesf; Representante da Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste – FRUNE; José Antônio Feijó - Representante do Instituto Ilumina.

14h – Implantação de usinas nucleares no Nordeste
Coordenação: Intersindical Nordeste
Expositor: Carlos Henrique Mariz – Representante da Eletronuclear no Nordeste
15h30 - Coffee Break
16h – Debates
Debatedores: Parlamentares; Representante da Chesf; Franklin Moreira – Presidente da Federação Nacional dos Urbanitários – FNU/CUT.

17h – Debate em plenário
18h30 – Encerramento

Da Redação do site, com informações dos blogs


www.lucianosiqueira.com.br/site2009-2/index.php?/...




sexta-feira, 29 de outubro de 2010

domingo, 24 de outubro de 2010

Lindas fotos do Rio São Francisco

Luisa Pfau
Luiza Pfau

PIAUÍ - ISTO É PIAUÍ: O RIO PARNAÍBA (VELHO MONGE)

PIAUÍ - ISTO É PIAUÍ: O RIO PARNAÍBA (VELHO MONGE): "É preciso ação governamental eficiente para a defesa e revitalização do rio Parnaíba e a sociedade precisa se envolver mais em campanhas pa..."

Ações de estudantes para a preservação do nosso Rio

Estudantes participam de ações para preservar o rio São Francisco

Marcelino Ribeiro
Estudantes participam de ações para preservar o rio São Francisco
Estudantes plantam mudas na margem do rio

O rio São Francisco é o vento que você sente,
a flor que você vê; em tudo que é vida
está presente, até mesmo dentro de você”.

Se alguns cuidam do “Velho Chico” em versos, como estes de Manuka Almeida, outros, a exemplo de pesquisadores da Embrapa Semiárido, geram conhecimentos e informações para que o rio e suas margens jamais deixem de inspirar poetas e nem o seu uso seja marcado pela degradação do ambiente.
No caso dos trabalhos de pesquisa, as experimentações científicas com recursos tecnológicos que incluem imagens de satélites, softwares de precisão, dentre outros, ganharam conteúdos e formatos voltados para um tipo de público considerado especial para ações de preservação do rio: jovens estudantes de escolas públicas de Santa Maria da Boa Vista, Lagoa Grande e Petrolina, em Pernambuco.
Nos últimos dois meses, o engenheiro agrônomo Tony Jarbas Ferreira Cunha, pesquisador da Embrapa Semiárido, está envolvido com palestras em estabelecimentos de ensino das áreas urbana e rural, onde apresenta conclusões do projeto que coordena “Contribuição à revitalização do rio São Francisco com base na restituição de sua mata ciliar e recuperação de áreas degradadas”.
Mais que isso, tem conduzido os estudantes pela dinâmica de uma aula diferente. No viveiro de plantas do Escritório de Petrolina da Embrapa Transferência de Tecnologia, aprendem a produzir mudas de espécies nativas que formam a vegetação natural das margens do rio São Francisco.
Em outro momento, são levados a conhecer um trabalho experimental da instituição de recomposição da mata ciliar em uma área que teve a vegetação totalmente extraída e havia deixado o solo sem nenhuma cobertura. No local, os jovens veem espécies como ingazeira, jatobá e muquém replantadas em seu local de origem.
Salvar – Desta iniciativa já participaram cerca de 150 estudantes. Geneali Evangelista, do Colégio Estadual Santa Maria, em Lagoa Grande, revelou: “Eu não sabia que plantando essas árvores ajudava a preservar o rio”.
As árvores da margem servem de barreiras naturais contra a invasão dos sedimentos, principalmente quando ocorrem chuvas. A destruição da mata ciliar faz com que a areia das margens avance para dentro do rio, num fenômeno chamado de assoreamento. É um dos mais graves problemas registrado na bacia do rio São Francisco.
Outra estudante, Simone Elys, aluna do 30 ano do ensino médio, esteve presente em curso ministrado por Tony Jarbas no local onde estuda - Escola Estadual Pacífico da Luz, de Petrolina, e ainda participou, junto com mais 50 colegas, do dia de campo “Contribuição à revitalização do rio São Francisco”, onde aprendeu a fazer mudas de plantas da mata ciliar.
“O rio tem grande importância para a região. Deve ser bem cuidado, é uma das nossas riquezas”, afirmou a estudante.
Tony Jarbas destaca que as informações reunidas pelos pesquisadores envolvidos na execução do projeto respondem à  gravidade representada pela destruição das plantas que compoem as margens do rio. Ações dessa natureza precisam de importante complemento: “sensibilizar as próximas gerações a respeito dos problemas ambientais".

“Vocês poderão ser os futuros prefeitos, vereadores, professores e precisarão estar atentos para a preservação do rio porque se ele morrer, as nossas cidades também morrerão”, disse o pesquisador. A degradação do rio é uma séria ameaça à principal atividade agrícola da região: a agricultura irrigada, garante.
Para a professora Leonilza Moreira, do Colégio Estadual Santa Maria, os eventos programados pela Embrapa são “momentos de cidadania”. “É necessário que as pessoas entendam a importância da natureza para a nossa sobrevivência. Temos que estar em equilíbrio com o meio ambiente, a cidadania também envolve esse tipo de questão”, avaliou a professora.
Preservação - O conjunto dos municípios localizados no submédio do vale do São Francisco, entre eles Lagoa Grande e Petrolina, faturam R$ 2 bilhões por ano com a fruticultura irrigada. Destes, R$ 500  millhões resultam das exportações de manga e uva.
Toda essa riqueza tem origem no rio São Francisco. Porém, essa fonte de vida e dividendos tem sido degradada progressivamente. Atentos ao problema ambiental gerado pela degradação do São Francisco, diferentes organizações tem enfrentado o desafio de revitalizar o rio.
O projeto, que envolve as duas Unidades da Embrapa em Petrolina-PE, já produziu cerca de 200 mil mudas de espécies nativas para apoiar as ações de revegetação da Codevasf ao longo de 400 km da margem esquerda do rio, entre os municípios pernambucanos de Petrolina e Petrolândia, no submédio São Francisco.
Além da Embrapa Semiárido e da Embrapa Transferência de Tecnologia, participam do projeto o Banco do Nordeste e o INCRA.
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Contatos:

Tony Jarbas Ferreira Cunha – pesquisador;

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Transposição será tocada por estatatal

Transposição do Rio São Francisco será tocada por estatal

Escrito por Redação IndependenteFM
Já está na Casa Civil e deve ser enviado ao Congresso em breve o projeto de lei para a criação da Água de Integração do Nordeste Setentrional (Agnes), empresa estatal que irá administrar a transposição do Rio São Francisco. O projeto, orçado em R$ 6,6 bilhões e um dos maiores do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), prevê levar água do Velho Chico através de mais de 600 quilômetros de canais para abastecer 12 milhões de pessoas que hoje vivem na região semiárida dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. " A Agnes vai vender água do São Francisco para abastecimento humano, indústrias e projetos de irrigação. O Eixo Leste do projeto de transposição tem captação no lago de Itaparica, no município pernambucano de Floresta, e percorrerá 220 quilômetros até o Rio Paraíba, no estado vizinho. Já o Eixo Norte tem captação próxima à cidade de Cabrobó, também em Pernambuco, e segue por 402 quilômetros até chegar ao Ceará, passando antes pela Paraíba e pelo Rio Grande do Norte. Nesse eixo, a demanda no estado será de até 1 mil litros por segundo. Essa água abastecerá basicamente o município de Salgueiro e região.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Maior túnel subterrâneo do Brasil

Maior túnel subterrâneo do Brasil é iniciado em São José de Piranhas

Começa em São José de Piranhas, no Alto Sertão paraibano, a escavação do maior túnel subterrâneo do Brasil. Máquinas e operários já iniciaram a execução da obra na localidade denominada de sítio Curral da Onça, que fica a 18 quilômetros da sede do município. Logo na primeira semana, um susto. Uma barreira que desabou quase atingiu operários em serviço.

Com 15 quilômetros de extensão, o túnel Cuncas I, obra que faz parte do ‘Lote 14’ do Eixo Norte da transposição do São Francisco sairá de Mauriti no Ceará, passando por baixo de uma serra no município de Monte Horebe até chegar em São José de Piranhas.

“Ele emboca em Mauriti (CE), onde as obras também já iniciaram, passa pelo subsolo do município de Monte Horebe (PB), onde será aberta uma janela de serviço e desemboca na Barragem de Morros (em construção) em São José de Piranhas”, explicou à reportagem do portal Radar Sertanejo o encarregado Moraes Pedro da Silva, que trabalha no Consórcio responsável pelo trecho da obra.

Além do Cuncas I, que tem prazo de quatro anos e seis meses para ser concluído, outro túnel (Cuncas II) que vai de São José de Piranhas até Cajazeiras será iniciado na próxima semana. Juntas, estas duas obras estão orçadas em R$ 203,3 milhões.

Aos poucos, o projeto de integração das bacias hidrográficas através da transposição do Rio São Francisco está cada vez mais perto de virar realidade. Segundo o Ministério da Integração, os 402 quilômetros do Eixo Norte, que vai de Cabrobó (PE) a Cajazeiras (PB), deve começar a funcionar em dezembro de 2012.

Radar Sertanejo

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Ceará é Notícia: PROPRIETÁRIOS RURAIS CEARENSES AFETADOS PELA TRANSPOSIÇÃO SERÁO INDENIZADOS

Ceará é Notícia: PROPRIETÁRIOS RURAIS CEARENSES AFETADOS PELA TRANSPOSIÇÃO SERÁO INDENIZADOS

As tragédias urbano-hidrológicas de Alagoas e Pernambuco: Renascer dos escombros, artigo de Marcos Carnaúba

As tragédias urbano-hidrológicas de Alagoas e Pernambuco: Renascer dos escombros, artigo de Marcos Carnaúba

ANA pretende implantar sistema para monitorar qualidade da água dos principais rios do Brasil

ANA pretende implantar sistema para monitorar qualidade da água dos principais rios do Brasil

A visagem e a verdade, Lúcio Flávio Pinto via Yahoo! Colunistas

A visagem e a verdade, Lúcio Flávio Pinto via Yahoo! Colunistas: "

O brasileiro tem como seu patrimônio a maior bacia hidrográfica do planeta e o dilapida todos os dias. Mas denúncia de hidropirataria é fantasia.

"

quarta-feira, 26 de maio de 2010

As águas da transposição não serão de graça


Não se pode nem de longe negar a importância histórica de uma obra como a transposição das águas do Rio São Francisco para o Nordeste. E, por tabela, a ousadia do governo Lula em quebrar a não menos histórica resistência política (e preconceituosa) que barrava a obra.
Nem muito menos se pode diminuir a relevância de encontros como o que foi registrado em Monteiro na noite desta terça, quando se debateu o estágio e os efeitos das obras do São Francisco o cariri paraibano.
Tais encontros são capazes de dizer à parte da sociedade o ritmo do projeto. É neles que podemos encontrar, reunidos num só ambiente, técnicos, especialistas e torcedores do projeto, verdadeiros heróis que marcarão, cada um ao seu modo, seus nomes na história da transposição.
Claro que também é possível encontrar quem queira se beneficiar eleitoralmente do projeto. Natural em época de campanha. Mas isso não afeta o objetivo central que é de manter viva a chama da transposição, regularmente abalada por restrições ambientais, decisões judiciais e má intenção política.
O que mais surpreende, nesses encontros, no entanto, é que ninguém – nem técnicos, nem especialistas, nem políticos, nem religiosos – tem a coragem de dizer abertamente que a água transportada do Rio São Francisco será paga. Isso mesmo: paga.
Ninguém usará um milímetro sequer se não for desembolsar dinheiro para pagar a conta. Em valores mais econômicos, em alguns casos, mas nada de graça.
Será que os 12 milhões de beneficiados com a transposição sabem disso?
Tem muito pequeno agricultor por aí que acha que vai poder fazer uma ligaçãozinha pra sua plantação e usar imoderadamente a água do Velho Chico sem que ninguém venha cobrar por isso. Essa é que é a verdade.
A falta de clareza e o silêncio sobre o uso na prático da água que virá tem gerado um mito. De que a transposição será um presente dado de graça para quem sempre teve um preço a pagar pela vida.

http://87noticias.blogspot.com

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Origens do Rio São Francisco no Imaginário Indígena

Diz a lenda indígena que o rio teria se formado das lágrimas derramadas pela  bela Iaty, uma linda índia que fora prometida a um forte guerreiro que fora lutar nas terras do norte. A bela índia, triste de saudade de seu amado, chorou copiosamente. Os passos dos inúmeros guerreiros que se dirigiam para a luta  afundaram a terra formando um grande sulco e suas abundantes lágrimas formaram um córrego que percorrerá o caminho aberto pelos guerreiros em direção ao norte para então, encontrar-se com o oceano. Assim, teria se formado o Opará - (rio mar) nome dado pelos filhos de Tupã, os verdadeiros donos da terra - ao Rio São Francisco.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Os povos ribeirinhos

Povos Ribeirinhos - Religiosidade, a Arte e a Cultura do Homem Sertanejo.



Objeto da miscigenação do branco, do índio(influência marcante) e do negro, os povos ribeirinhos do Rio São Francisco assistem o desenrolar de um legado cultural de grande valor e beleza inestimável,  onde surge a verdadeira nacionalidade. Esses homens e mulheres souberam resguardar as riquezas culturais tanto da própria terra, quanto as de outros continentes, forjando, então, a cultura sertaneja que passou a deixar marcas que jamais serão apagadas na maneira do sertanejo sentir e ver o mundo. Dentro de sua alma e sangue vive uma poderosa energia capaz de interferir na linguagem, nos conteúdos de seu imaginário e nos costumes que caracterizam seu cotidiano. A fé, a cultura e a arte ribeirinha fizeram com que o Rio São Francisco contribuísse para a construção da identidade nacional. 
Este texto foi compilado e adaptado para este Blog.
Texto original SASP-Sociedade Amantes do Samba Paulista (enredo Mocidade Alegre 2006)






Ribeirinhos do Baixo São Francisco recebem formação socioambiental

(18/05/2010) Globo Rural Online

Mais de 60 líderes ribeirinhos do baixo São Francisco -que abrange Sergipe e Alagoas- junto com estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) iniciam nesta terça-feira (18/5) o primeiro Curso de Extensão para Formação Socioambiental de Comunidades Ribeirinhas do Baixo São Francisco.
O curso será realizado na cidade de Penedo, Alagoas,  e pretende formar os participantes para que tenham noções sobre recuperação de áreas degradadas, lagoas marginais (berçários de peixes), e identificação de espécies invasoras.
Os participantes receberão também noções sobre educação ambiental e mobilização social e, ao final do curso, programado para quatro dias, os alunos vão apresentar as estratégias de ações de médio e longo prazos para fazerem parte do rol de atividades destinadas à revitalização do Rio São Francisco.
Além de informações específicas sobre a revitalização, os participantes terão apresentações sobre a cadeia produtiva para criação de abelhas nativas, alternativa de geração de emprego e renda para além da época do defeso e exibição de vídeos.
As comunidades ribeirinhas se organizam ao longo das margens do São Francisco e sobrevivem de atividades como a pesca artesanal e mariscagem. Além do sustento diário, esses moradores têm no rio sua maior referência simbólica e cultural.
Como atividade extra-curso, os alunos farão visita ao Centro Integrado de Referência (CenIR), que é uma estrutura socioeducadora de convergência de ações para a revitalização. O Centro trabalha com a recuperação de áreas degradadas, turismo sustentável, zoneamento ecológico econômico, além de disseminar experiências exitosas da região.
O Curso de Extensão para Comunidades Ribeirnhas do Baixo São Francisco é apoiado pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com as secretarias de Meio Ambiente e Recursos Hídricos dos estados de Alagoas e Sergipe, prefeitura do município de Canindé do São Francisco (SE) e prefeitura de Penedo (AL).

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O Apito do Último Vapor do Rio São Francisco



Toda vez que os barranqueiros mais antigos ouvem este apito se emocionam.
Vi lágrimas rolarem das faces cansadas, mas fascinadas, na cidade de São Romão, na hora em que o Benjamin Guimarães chegou.





Videos gentilmente postados por Luisa Pfau

quinta-feira, 1 de abril de 2010

As carrancas do São Francisco

 Segundo o dicionário Aulete, carranca significa:
1  Cara fechada, emburrada, demonstrando mau humor
2  Bras. N.E.  Mar.  Figura ornamental que se punha na proa de embarcações; CARA de PAU
3  Careta, caraça
9  Bras. BA  Folc.  Caraça (2) entalhada em madeira e colorida rusticamente colocadas nas proas das embarcações do rio São Francisco para afastar os maus espíritos; CABEÇA DE PROA. 

As carrancas, figuras geralmente entalhadas em madeira, representam  um ser fantasmagórico que se apresenta sempre com extensa cabeleira, os dentes pontiagudos à mostra e olhos ameaçadores. Essas peças nos lembram um ser místico de extrema ferocidade que misturam traços humanos e traços animalescos, apresentando a expressão furiosa de uma figura mitológica disforme.  Eram colocadas à frente dos barcos (proa) e tinham como objetivo, segundo o imaginário popular, afugentar os lendários personagens que habitavam as águas do São Francisco, como por exemplo a Mãe-d'água o Minhocão e o Negro d'água.

Pintura: Márcia Berenguer Cabral


by lucasgalodoido








































       Conforme asseguram os historiadores, as barcas que navegavam pelo rio São Francisco foram as únicas embarcações primitivas, de povos ocidentais, que usaram figuras de proa como amuleto contra os perigos imaginários descritos por lendas e crendices.  A exemplo dos Vikings, que enfeitavam as proas de seus navios com esculturas  assustadoras de serpentes e dragões, os barqueiros do São Francisco, talvez tinham o mesmo objetivo daqueles povos Nórdicos , ou seja, proteger as suas frágeis embarcações dos monstros do rio e das tempestades além de propiciar uma boa pesca. 

Essas esculturas, apesar de horripilantes, se destacam na arte popular brasileira pela sua expressividade e pela originalidade típica do nordestino, que utilizando sua imaginação, sua extrema superstição e a sua crença em lendas e no maravilhoso, criavam o que hoje se tornou uma obra de arte, uma peça de decoração disputada até por estrangeiros. Um dos mais famosos escultor, foi o carranqueiro  Biquiba Dy Lafuente Guarany, (o mestre Guarany)  que se notabilizou pela quantidade e qualidade de sua obra. Hoje, inúmeros carranqueiros sobrevivem dessa arte que tem grande aceitação como objeto de arte e decoração.

Foto by Luisa Pfau

 

quinta-feira, 25 de março de 2010

Usinas Nucleares no Rio São Francisco




Usinas nucleares na Bahia, talvez! 
Às margens do rio São Francisco não!!!
quarta-feira, 24 de março de 2010



As duas próximas usinas nucleares a serem construídas no Brasil ficarão localizadas às margens do rio São Francisco, que corta parte da região Nordeste, indicam estudos técnicos que serão levados à decisão política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos ministros responsáveis pelo programa nuclear brasileiro.

Governo (Vagner-PT) da Bahia faz lobby e tenta trazer para o estado.
O programa nuclear prevê a construção de mais quatro usinas de 1.000 MW até 2030, duas no Nordeste e duas no Sudeste -onde os estudos estão mais atrasados. No Nordeste, a estatal Eletronuclear analisou a possibilidade de construção em 20 locais de quatro Estados: Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Mas áreas próximas ao litoral foram descartadas por causa da existência de grandes reservatórios subterrâneos de água, apurou a Folha.
A presença de aquíferos é um dos fatores que condenam a instalação de usinas nucleares, que, no entanto, precisam contar com grande oferta de água para o resfriamento do combustível usado, à base de urânio enriquecido. Outros critérios levados em conta nos estudos da Eletronuclear foram estrutura geológica estável, proximidade de linhas de transmissão de energia, baixa concentração populacional e condições adequadas de infraestrutura, como estradas.
A escolha do local levará em conta as indicações técnicas e também critérios políticos. Os governadores dos quatro Estados disputam o investimento de bilhões de dólares. A decisão deverá ser tomada pelo governo federal até março, prevê o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.
A construção de usinas nucleares às margens do São Francisco já havia sido estimulada no passado pela CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), antes de o governo decidir erguer mais duas usinas no Nordeste até 2030. Os principais argumentos foram a disponibilidade de água e o fato de o Nordeste precisar atrair investimentos para aumentar a renda da região.

O rio São Francisco já é base da maior obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) bancada com dinheiro dos tributos arrecadados pela União. A transposição do São Francisco prevê o desvio de parte das águas do rio para regiões do semiárido de quatro Estados nordestinos: Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. A primeira parte da obra deve ser inaugurada até o fim do ano.

Como qualquer outro empreendimento de infraestrutura, a instalação das usinas no Nordeste dependerá da emissão de licença ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Embora o governo preveja a construção das duas usinas no NE a partir de 2014, quando está prevista a inauguração de Angra 3, os estudos coordenados pela Eletronuclear são para a criação de uma central nuclear com seis usinas de 1.000 MW cada uma. As demais quatro usinas da região seriam erguidas nas décadas seguintes. Lobby

O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), é quem faz o lobby mais aberto na disputa pelas usinas. "Alagoas tem o mais baixo índice de desenvolvimento humano do país, por isso reivindicamos com muita força esse empreendimento", disse o governador. "Todos querem, é claro."

Dos quatro governadores que disputam as usinas, ele é o único de um partido da oposição ao governo federal. Marcelo Déda (PT), de Sergipe, Jaques Wagner (PT), da Bahia, e Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco, já manifestaram interesse em abrigar as usinas.
Wagner e Campos defenderam a instalação das usinas na fronteira dos dois Estados, às margens do São Francisco, em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), mas a proposta enfrenta obstáculos legais.

Drausio Atalla, supervisor da Presidência da Eletronuclear para Novas Usinas, calcula que as usinas de Angra dos Reis tenham sido responsáveis pelo aumento da arrecadação de impostos em cerca de R$ 500 milhões, além da criação de milhares de empregos. Para ele, a instalação de usinas nucleares poderia "alavancar o desenvolvimento" no Nordeste. (Fonte: Folha de S. Paulo).

Postado por Engenharia Ambiental às 22:11 






26.02.10 - BRASIL
Vanguarda do atraso: A retomada das usinas nucleares
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Claudio Ubiratan Gonçalves *

Adital -

A intenção aqui não é alardear o leitor com mais um cenário pessimista e catastrófico vivenciado por todos nós neste mal-estar espacial do século XXI, mas alertar que o quadro poderá se tornar mais obscuro e desesperador se os governantes não abrirem o debate para a elucidação das questões relacionadas à problemática nuclear. É preciso ponderar que antes da introdução de uma nova modalidade energética na região Nordeste e do projeto de expansão da energia nuclear no Brasil se torna imprescindível um profundo debate acadêmico e também com toda a sociedade. E neste sentido, focamos alguns aspectos relevantes no tocante ao campo político e técnico do assunto. Compreenderemos a retomada da bandeira da energia nuclear no espaço-mundo se considerarmos que o desenvolvimento econômico permanece assentado na expansão industrial e, que por sua vez este modelo depende de crescente geração de energia. A grande defensora do uso da energia nuclear no mundo, a IAEA (International Atomic Energy Agency), ligada a ONU e no Brasil a CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, argumentam minimização dos custos ambientais e vantagens como o volume de energia que pode ser gerado sem maiores emissões de poluentes e num espaço físico reduzido.
Por conseguinte, a segurança do sistema nuclear avançou significativamente, mas, seu relativo controle é suscetível a fatores humanos. Não podemos apagar dos arquivos da memória, acidentes nucleares como: o da Central Nuclear de Windscale na Inglaterra em 1957, que teve o seu reator incendiado, lançando radionuclídeos na atmosfera, contaminando pastos e gado; Em 1979 ocorreu exposição radioativa pelo vazamento da usina de Three Miles Island, em Harrisburg, Pensilvânia (EUA) ou o marcante acidente da Central Nuclear de Chernobyl (URSS) que disseminou radioatividade por todo o mundo em 1987. Na época, o Kremlim confirmou 8 vitimas fatais e a hospitalização de duas centenas de pessoas, entretanto, indagamos: é possível estimar quantas pessoas já morreram e quantas mais morrerão de câncer nos próximos anos, vitimadas por Chernobyl? No Brasil, o dia 13 de março de 1982 é o marco zero da entrada definitiva e equivocada do país na era nuclear, foi iniciada o funcionamento da unidade I da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto mais conhecida como Angra I. O programa nuclear brasileiro deste período sob a égide do regime militar que não estava preocupado em suprir as deficiências energéticas, pelo contrário, a exploração da energia nuclear compunha o arsenal militar para demonstrar que o país estava apto como potencia a assumir posição de comando na geopolítica da guerra fria. Por sua vez, Angra II teve sua construção iniciada em 1981 e a operação iniciada somente em 2000 no governo de FHC.
Desse modo, após um período de hibernação de grandes projetos, sobretudo os nucleares, temos a introdução do Plano de Aceleração do Crescimento do governo Luis Inácio. E em julho de 2008, o governo criou o Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro que tem como função fixar diretrizes e metas para o desenvolvimento do programa e supervisionar sua execução. O governo alega através do Plano Nacional de Energia a necessidade de expansão em seu sistema elétrico brasileiro de mais 4.000 Mw, contando para isto com Angra III com capacidade de produção de 1.405Mw e mais quatro usinas nucleares com capacidade de 1.000 Mw, sendo duas no Sudeste e outras duas no Nordeste. O processo encontra-se na etapa inicial que consiste na seleção de sítios para abrigar a Central Nuclear do Nordeste, com previsão de operação da primeira usina para 2019. De acordo com o padrão técnico e normativo de segurança os critérios essenciais são água abundante e baixa concentração demográfica e neste aspecto cogita-se áreas próximas ao Rio São Francisco. Como se não bastasse o malogro da transposição agora temos o fantasma da usina nuclear rondando o velho chico. O fato é que as disputas pelos investimentos orçados em cerca de R$ 7 bilhões para cada usina já despertou interesse entre os estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Bahia. Alagoas e Bahia partiram na frente com uma série de campanhas e produção de reportagens exaltando as vantagens da instalação de Centrais Nucleares e correlacionando com a geração de postos de trabalho e eliminação da pobreza e miséria. Como se tudo isto fosse possível num passe de mágica.
Em descrição sumária, o ciclo da energia nuclear inicia-se pela exploração do minério. Depois de extraído das rochas, ele é moído, purificado e submetido a reações químicas para que seja preparado o hexafluoreto de urânio. Esse composto é enriquecido, para só então ser reduzido a urânio metálico que é o combustível usado no reator. O combustível nuclear é usado no reator por aproximadamente dois anos. Então, o lixo produzido é estocado até que sua radioatividade decresça um pouco. Aí ele é enviado para ser reprocessado. Após o reprocessamento, obtém-se urânio, plutônio e lixo de alto nível, esse último composto de uma infinidade de radionuclídeos extremamente radioativos.
A radioatividade que sai da usina se dispersa na atmosfera, mas o perigo para o homem que a respira diretamente é secundário, pois a quantidade de radioatividade é muito baixa. O risco existe para aqueles que são obrigados a viver, anos e anos, em contato com traços de elementos químicos radioativos e com pequenas doses de radioatividades introduzidas no meio e que chegam ao homem através da cadeia alimentar. São estas pequenas quantidades que, somando-se no tempo, causam sérios prejuízos ao homem, uma vez que esses materiais radioativos têm efeito cumulativo nos organismos.
Com efeito, a usina nuclear funciona da seguinte forma: o reator está contido num recipiente sob pressão, esta pressão se destina a impedir a ebulição da água de resfriamento que circula no circuito refrigerador primário; do recipiente sob pressão emergem as barras de controle; o circuito refrigerador primário no permutador de calor; transforma a água sob pressão normal em vapor, que através dos tubos do vapor secundário; chega a turbina; unida ao gerador elétrico; depois do qual um condensador, resfriado por um circuito de água condensada fornecida por um rio ou pelo mar, transforma o vapor que sai da turbina em água a fim de aumentar o salto de pressão disponível para a turbina. A água condensada volta ao ciclo através dos tubos do condensador; o reator é rodeado por um edifício muito sólido, capaz de resistir as pressões altíssimas produzidas por uma eventual pane do reator e impedir assim o vazamento da radiação.
Um grave problema que merece atenção trata-se da gestão do rejeito radioativo. Uma das soluções encontradas pelos países de tecnologia nuclear para esse grave problema é o enterramento do material em aterros especialmente preparados, porém podem ocorrer vazamentos e contaminar o lençol freático. O lixo nuclear pode irradiar o que está à sua volta, ou contaminá-los por átomos radioativos. Por isso é necessário embalá-lo com uma blindagem de grossas paredes de cimento e chumbo. Essa blindagem deve impedir que essas partículas radioativas do lixo entrem em contato com o ar ou com a água onde está depositado. Com o passar do tempo, diminui a radioatividade do material, tornando-o menos perigoso. O reprocessamento do lixo nuclear foi desenvolvido tanto para extrair o plutônio (formado no reator pela fissão nuclear), utilizado na fabricação da bomba atômica, como para recuperar urânio não consumido no reator. Esse urânio pode ser enriquecido e novamente usado como combustível.
O lixo nuclear de reprocessamento também é resíduo de alto nível, já que dele fazem parte radionuclideos transurânicos que foram formados durante o bombardeamento de nêutrons na fissão nuclear. Para realizar-se o reprocessamento, o combustível deve ser guardado por meses em piscinas de refrigeração, pois ainda é muito radioativo para ser manipulado. Só então é enviado para ser reprocessado mecanicamente. O combustível é, então, dissolvido em ácido e os produtos da fissão separados do urânio do plutônio, na qual os compostos são lavados com diferentes solventes orgânicos. Essa extração baseia-se na solubilidade de certos compostos e na insolubilidade de outros. Com isso é possível transferir compostos sólidos que se encontram misturados com outros, para soluções nas quais estão num estado de pureza significativo.
Por outro lado, a Constituição Federal contém em seu bojo inúmeros dispositivos concernentes à utilização da energia nuclear. É importante que se observe que a utilização da radioatividade tem diversas finalidades, e na Lei Fundamental são tratados temas que variam desde o uso de radioisótopos com objetivos medicinais até proibição de utilização de energia nuclear com finalidades agressivas. É, portanto uma abordagem genérica e ambígua. Foram estabelecidos no art. 21, inciso XXIII, os princípios fundamentais para utilização da energia nuclear no Brasil. Esses princípios, contudo, não devem ser vistos como únicos aplicáveis às atividades nucleares. É fundamental que sejam incorporados aos princípios especificamente voltados para energia nuclear aqueles que dizem respeito à conservação do meio ambiente e aos direitos fundamentais da coletividade.
É indiscutível que se continuarmos nesta direção estaremos na vanguarda do atraso ao priorizarmos a retomada do programa nuclear. Caminhamos na contramão de Espanha e Alemanha que iniciaram um processo de revisão e mudança no modelo energético e estamos em aproximação do modelo chinês que assumiu na atualidade o ônus inconseqüente da construção de 25 usinas nucleares, além da previsão desmedida de mais 54 novas usinas para os próximos 30 anos. Estamos diante de um impasse fulcral: desenvolver economicamente sustentado em qual modelo energético?

Claudio Ubiratan Gonçalves
assessor da Comissão Pastoral da Terra da Diocese de
Crato (CE), professor adjunto do Núcleo de Geografia da
Universidade Federal de Sergipe e membro do GT-Agrário
da Associação dos Geógrafos Brasileiros
ubiratan@ufs.br

 www.adital.com.br

* Departamento de Geografia da UFPE




Litoral fora de central nuclear nordestina
By André Amaral


(Negócios & Cia)


01/04/2010
O GLOBO
ECONOMIA


O litoral do Nordeste está formalmente fora da disputa para abrigar as seis usinas do Central Nuclear Nordestina, projeto do governo federal estimado em não menos de R$ 40 bilhões. Das 20 áreas previamente identificadas pela Eletronuclear como capazes de receber os empreendimentos, as oito que beiram a costa da Bahia a Pernambuco já foram retiradas da segunda etapa de estudos, prevista para este ano. Continuam na disputa 12 locais encravados em seis microrregiões dos estados de Alagoas (2), Sergipe (2), Bahia (1) e Pernambuco (1), informa uma fonte.
As seis usinas devem ficar às margens do Rio São Francisco, onde há menos restrições estruturais ao projeto. O litoral, de cara, perdeu atrativo pela alta densidade demográfica. Pesaram também as extensas áreas de proteção ambiental próximas à costa e os aquíferos, pois põem em risco a garantia de licenciamento. Outro ponto negativo da faixa litorânea é a existência de gasodutos, que não são recomendáveis próximos a instalações nucleares. Por fim, os solos sedimentares são contraindicados para suportar fundações desse tipo de usina. O andamento do projeto da Central Nuclear do Nordeste depende agora do Ministério de Minas e Energia. Os estudos devem custar R$ 20 milhões, mas a verba ainda não foi liberada. A primeira etapa foi custeada pela Eletronuclear. As visitas determinarão as áreas mais apropriadas. O governo baterá o martelo.



06/05/2010 | 19h00  |  Polêmica


Governo e ambientalistas divergem sobre instalação de usinas nucleares no Nordeste





A audiência pública promovida pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados para discutir a instalação de usinas nucleares no Nordeste brasileiro deixou os ânimos dos representantes do governo e dos ambientalistas exaltados.

O governo federal pretende instalar seis novas usinas nucleares na região. Os locais ainda não foram definidos, mas, segundo a Eletronuclear, empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia, os estados com potencial são Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. O anúncio dos locais deve ocorrer até 2011.

O presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, disse que a demanda por energia no Brasil tende a aumentar e que as novas usinas, apesar do alto investimento, tem custo energético baixo. “Para suprir a demanda nacional teríamos que disponibilizar 3 a 4 mil megawatts ao ano, isto significa uma nova Itaipu a cada 3-4 anos. Temos que contar com todas as fontes energéticas: a eólica, a biomassa e, é claro, a nuclear”.

O professor do Departamento de Engenharia Elétrica e presidente da comissão de Meio Ambiente da Universidade Federal de Pernambuco, Heitor Scalambrini, criticou a ausência da participação da sociedade na definição da construção de novas usinas nucleares no país e lembrou que o Programa Nuclear no Brasil surgiu durante a ditadura militar.

“A energia nuclear, pelo poder devastador, deveria ser debatida amplamente. Não há benefícios econômicos, ambientais ou em termos de segurança”, disse.

O assessor do Movimento Paulo Jackson da Bahia, Sérgio Dialetachi, lembrou as 6,5 mil pessoas contaminadas pelo Césio 137 em Goiânia, em 1987 e disse que não se pode esquecer que o Césio é produto da usina nuclear.

“Quando acidentes acontecem qual é a infraestrutura que temos? Queremos que o Brasil faça a sua diversificação energética, mas que a nuclear esteja fora”, salientou

O coordenador da Campanha Nuclear do Greenpeace Brasil, André Amaral, disse que a instalação de usinas nucleares é resquício do regime militar e que o Brasil não precisa desta tecnologia.

“Não precisamos de energia nuclear, o país tem potencial imenso de energia eólica e solar. Estaremos na contra-mão da crise climática. O uso da energia nuclear está decaindo no mundo inteiro em relação às renováveis”, afirmou.

Fonte: Agência Brasil

Pernambuco.com 


Traipú é a cidade indicada para a instalação da Usina Nuclear em Alagoas


Chefe do escritório no Nordeste da Eletronuclear, engenheiro Carlos Henrique da Costa Mariz condenou as comparações que a mídia tem feito entre o Brasil e o Japão..



Alagoas pode ser escolhida definitivamente este ano como local para instalação de uma das quatro usinas nucleares que o Brasil pretende ter até 2030. Um dos possíveis locais Traipú, que fica na região do rio São Francisco  a cerca de 200 quilometros de Maceió.
A apresentação dos planos da Eletronuclear, empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, para o Nordeste foi feita na última quarta-feira (16) pelo chefe do escritório da Eletronuclear no Nordeste, engenheiro elétrico com formado pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1968, Carlos Henrique da Costa Mariz.
Ele condenou as comparações que a mídia tem feito entre o Brasil e o Japão, mas admitiu que o projeto das usinas brasileiras leva em consideração um possível "tsunami" no Rio São Francisco, embora a possibilidade seja remota.
Mariz afirmou que ainda não há uma decisão sobre onde ficarão as usinas nucleares, mas apresentou duas cidades durante sua palestra: Traipú em Alagoas e Itacuruba no sertão de Pernambuco que fica à 481 quilometros de Recife. A definição do local agora passa por Brasilia.
" A decisão é política. Tem que ser do governo Federal com ministérios, com o Conselho Nacional de Politica Energética e tem também o Congresso Nacional. Os próximos passos quem tem de dizer é o governo federal porque a gente tem que aguardar os impactos ambientais, tem de ouvir os políticos e tem que ouvir a população,disse Mariz.
0 governador tucano Teotonio Vilela foi o primeiro a se pronunciar favorável a instalação da Usina Nuclear em território do seu Estado, entretanto, o governador pernambucano Eduardo Campos(PSB) saiu na frente e o seu Estado foi o primeiro que a Eletronuclear apontou a cidade sertaneja  de Itacuruba para ser o local ideal da instalação da usina. Também tem interesse de ter uma usina nuclear a Bahia e Sergipe
A Eletronuclear projeta as usinas nucleares que devem ser construídas no Nordeeste levando em conta um improvável "tsunami" no rio São Francisco. Ao contrário do fenômeno natural ocorrido no país asiático,provocado pelo terremoto de magnitude 9, uma onda gigante no Nordeste poderia ser provocada por um rompimento da Usina Hidrelétrica, instalada no trecho baiano do Velho Chico.
Segundo Mariz, onde está localizada a usina nuclear de Fukushima, que teve reatores danificados pelo terremoto seguido de tsunami, não tem nada igual. Em primeiro lugar o Brasil não é sujeito a terremotos desta magnitude. É preciso ter essa clareza para que a gente não confunda - isso é importantíssimo - o caso japones com o caso brasileiro, reforçou Carlos Mariz.
Ele, disse também, a Eletronuclear cogita em seus estudos uma improvável inundação provocada pela cheia do Velho Chico. "A gente já fez uns cálculos iniciais para ver o tamanho da onda que chegaria e temos locais suficientes para colocar essa usina acima dessa onda",explicou Mariz.
Para ele, apenas o rompimento de Sobradinho poderia gerar uma onda gigante. Através de cálculos, os técnicos do Eletronuclear vão apontar o melhor local para instalar a usina. "De qualquer forma voce está distante de Sobradinho 200 ou 300 quilômetros. Quando aquela onda vier, já vai estar amortizada. Esse impacto será calculado. Há modelos para isso", pontou o engenheiro Carlos Mariz.
Energia Nuclear
A usina nuclear que o Governo Federal planeja construir em Traipu(Alagoas)  deve produzir, quando em operação, 1 mil megawatts/hora. Não é pouca coisa. Trata-se de 10% da energia atualmente produzida pela Chesf, e 1/4 dos 4 mil megawatts a mais de energia nuclear que o Brasil produzirá na nova etapa de investimentos nesta área. Não é, portanto, uma usina pequena e sim média.



 

Central Nuclear de Chernobyl após o desastre, 26 Abril 1986, às 01:23:45 (Hora de Moscou UTC+3)(Foto: Wikipedia)
Central Nuclear de Chernobyl após o desastre, 26 Abril 1986, às 01:23:45 (Hora de Moscou UTC+3)(Foto: Wikipedia)

Fonte Cada Minut




‘Chernobyl será perigosa por milhares de anos’, entrevista com Tobias Münchmeyer

Publicado em abril 26, 2011 por HC

A comunidade global prometeu meio bilhão de euros na conferência de doadores em Kiev, na Ucrânia, para um novo sarcófago que recobrirá as ruínas do reator nuclear em Chernobyl. Tobias Münchmeyer, especialista em energia nuclear do Greenpeace, argumenta que a conferência é apenas o começo. Os perigos de Chernobyl, cujo desastre completa amanhã 25 anos, persistirão por milhares de anos. Por Benjamin Bidder, Der SpiegelO Estado de S.Paulo.
A União Europeia e governos de todo o mundo prometeram 550 milhões (US$ 797 milhões) para Chernobyl.
A conferência teve êxito?
Esse é um evento esquizofrênico. Por um lado, conseguiu fazer com que a comunidade internacional doasse dinheiro para uma segunda proteção para o reator devastado. Ao mesmo tempo, porém, as pessoas estão fazendo vista grossa para as verdadeiras raízes da catástrofe: a energia nuclear.
Chernobyl está localizada a apenas 90 quilômetros de Kiev, mas aqui se ouve constantemente que precisamos apoiar a energia atômica, que ela é absolutamente segura. É um paradoxo. O mundo está injetando centenas de milhões de euros na Ucrânia para eliminar as consequências de Chernobyl. Ao mesmo tempo, Kiev quer expandir sua indústria nuclear e o Ocidente está capacitando o governo ucraniano a fazê-lo. Precisamos tirar lições de Chernobyl. É trágico que, 25 anos depois, tenhamos um novo desastre com o reator nuclear em Fukushima. A questão é a seguinte: quantos Chernobyl o mundo ainda pode suportar?

Em que medida a Europa está capacitando a Ucrânia?
O tempo de vida das velhas usinas de energia nuclear da Ucrânia deverá ser prolongado por 20 anos. O Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento e o Banco Europeu de Investimentos estão até estimulando as ambições atômicas de Kiev ao fornecer financiamento para a construção de linhas de alta tensão que em breve serão usadas para exportar energia nuclear para o Ocidente.

Que perigo significativo Chernobyl ainda representa?
Estimativas sugerem que 95% do material combustível permanece nas ruínas do reator, mesmo depois da explosão. Essa continua sendo a maior preocupação e o combustível precisa ser recuperado e colocado num depósito temporário nas próximas décadas. Mas não há um único espaço em parte alguma do mundo que sirva como lugar de armazenamento final para material altamente radioativo. Além disso, há aproximadamente 800 poços dentro da zona de exclusão de Chernobyl onde materiais de construção, máquinas e veículos irradiados foram enterrados às pressas. As pessoas sequer sabem hoje precisamente onde estão localizados muitos desses depósitos nucleares não planejados, para não mencionar o que foi de fato enterrado ali.

Que tipo de efeitos imediatos isso tem?
Os poços ameaçam contaminar o lençol freático, que poderia, por sua vez, levar ao escoamento de água radioativa para rios próximos. Incêndios em matas e florestas também poderiam lançar ao ar material radioativo de plantas e do solo, colocando novas ameaças para pessoas num raio de pelo menos 40 a 50 quilômetros.

Quando o novo sarcófago ficará pronto?
Para fins de balizamento, foi estabelecido o ano de 2015. Oficialmente, porém, não há mais uma data limite. Isso porque as duas datas previamente citadas para a conclusão tiveram de ser prorrogadas. Portanto, a questão de quando a segunda carapaça protetora será concluída continua totalmente em aberto. O novo sarcófago será um edifício de alta tecnologia mais alto que a Estátua da Liberdade, em Nova York, e com 250 metros de largura. Estima-se que essa carapaça protetora custará em torno de 1,5 bilhão de euros.

Por que Chernobyl continua sendo tão dispendiosa hoje?
Porque praticamente nada foi feito nos últimos 25 anos, seja para mitigar, seja para eliminar as consequências da catástrofe. Após o desastre, os soviéticos encerraram às pressas as ruínas do reator radioativo. Foi uma boa decisão e uma tarefa imensa.
Mas o que torna essas quantias de dinheiro tão imensas?
O novo sarcófago é caro porque é um empreendimento pioneiro. Ele será construído perto do reator e em seguida deslizado sobre as ruínas. Nunca um edifício desse porte foi transportado sobre trilhos. A construção é também um desafio logístico porque a zona morta carece de infraestrutura. Além disso, os níveis de radiação na área circundante do sarcófago ainda são tão altos que dificultam a mobilização segura de trabalhadores da construção – em especial quando se leva em consideração que o novo sarcófago será construído diretamente ao lado do antigo. As preocupações com um colapso prematuro do velho sarcófago também estão complicando o planejamento.

Quando Chernobyl não representará mais perigo?
Há um ditado de que o tempo cura todas as feridas. Mas em Chernobyl, o tempo não está curando nada. Ela será perigosa por milhares de anos. No caso do plutônio, estamos falando de uma meia vida de 24 mil anos. A expectativa oficial de duração do novo invólucro protetor é de 100 anos, mas isso é apenas um piscar de olhos.

Por quanto tempo mais a comunidade internacional lidará com a questão de Chernobyl?
Essa não foi a última conferência de doadores; foi a primeira. Conferências de doadores de Chernobyl ainda serão realizadas nas próximas décadas – ou mesmo séculos.
Tobias Münchmeyer, especialista do Greenpeace em energia atômica.
EcoDebate, 26/04/2011
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