Os patriotários prometem atacar de novo
Há 10 meses
Minha intenção com este blog é mais didática e informativa, objetivando mostrar aos interessados uma visão geral dos aspectos sociais, econômicos e turísticos de nosso Velho Chico. Sua história tem sido, a história do sofrimento de um rio que há mais de quinhentos anos é fonte de vida e riqueza. (Guimarães Rosa)
10/11/2011 - 14h18min Atualizada em 10/11/2011 - 14h18min | ||||||||
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Piscicultores familiares do Baixo São Francisco recebem assistência técnica do Ceraqua São Francisco | ||||||||
por Ascom/Codevasf
Uma equipe multidisciplinar formada por técnicos do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba (Ceraqua São Francisco) realiza desde 2010 um trabalho de assistência técnica e extensão rural (ATER) na área de qualidade de água com piscicultores familiares do Perímetro Irrigado do Itiúba, situado no município de Porto Real do Colégio, Baixo São Francisco alagoano. A equipe multidisciplinar é formada por engenheiros de pesca, biólogo, técnico em aquicultura, químicos e médico veterinário com atuação no Ceraqua São Francisco, centro tecnológico da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). De acordo como o engenheiro de pesca Álvaro Albuquerque, chefe do Ceraqua São Francisco, uma parte representativa dos agricultores irrigantes do Perímetro do Itiúba desenvolve atividades em piscicultura paralelas às atividades agrícolas tradicionais, como o plantio do arroz. No entanto, eles não possuíam conhecimento suficiente para o desenvolvimento das atividades piscícolas. “Como centro produtor de tecnologia de referência nas áreas de aquicultura e recursos pesqueiros, temos o papel, dentro da cadeia produtiva da piscicultura, de levar o conhecimento produzido aos piscicultores da região. Essa é uma das missões do Ceraqua São Francisco, promover a revitalização da bacia hidrográfica do rio São Francisco, o que também significa a inclusão produtiva das populações da região da bacia do 'Velho Chico' a partir de assistência técnica especializada”, explicou o chefe do Ceraqua São Francisco. Segundo Albuquerque, o trabalho de assistência técnica consiste no levantamento de dados e informações sobre os parâmetros físicos e químicos das águas dos viveiros escavados utilizados pelos piscicultores para criação de peixes. Ao final do cultivo, a equipe multidisciplinar realiza a identificação de dados sobre a produção de pescado com informações como a data de povoamento dos viveiros, as espécies cultivadas, o tempo de criação e a quantidade produzida no momento da despesca. A avaliação desses dados permitem que a equipe do Ceraqua São Francisco possa corrigir possíveis distorções que prejudicam os cultivos de peixes. Para medir a qualidade da água em viveiros de criação de peixes, os técnicos do Ceraqua São Francisco utilizam diversas variáveis, a exemplo da quantidade de oxigênio dissolvido na água, pH, dióxido de carbono livre, alcalinidade total, dureza, condutividade elétrica, temperatura, transparência, nutrientes, abundância de plâncton, dentre outros. Para o engenheiro de pesca, as informações sobre a qualidade da água são fundamentais para que o piscicultor possa conhecer o nível de sobrevivência, crescimento, produção ou manejo de peixes em seus cultivos. Ele ainda acrescenta que, na implantação de qualquer sistema de criação de peixes, torna-se importante a avaliação quantitativa e qualitativa da água utilizada, o que possibilitará ao piscicultor tomar a melhor decisão sobre o manejo empregado no negócio aquícola. As espécies mais cultivadas pelos piscicultores familiares do Perímetro do Itiúba são o tambaqui, a tilápia e o curimatã-pacu, espécies de alta linhagem genética produzidas pelo Ceraqua São Francisco a partir de alevinos selecionados. Isso tem permitido melhores resultados de produção por parte dos piscicultores familiares. Os técnicos do Ceraqua São Francisco também identificaram a necessidade de adequação do manejo em alguns cultivos de peixes no Perímetro de Itiúba. “Presenciamos cultivos nos quais os piscicultores precisam se inteirar das recomendações da equipe de ATER. Observando-se isso, eles poderão obter melhores resultados dos cultivos com redução de custos e aumento da produção, resultando no aumento da renda familiar para o pequeno empreendedor aquícola do Baixo São Francisco alagoano”, concluiu Álvaro Albuquerque. |