sexta-feira, 30 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Origens do Rio São Francisco no Imaginário Indígena
Diz a lenda indígena que o rio teria se formado das lágrimas derramadas pela bela Iaty, uma linda índia que fora prometida a um forte guerreiro que fora lutar nas terras do norte. A bela índia, triste de saudade de seu amado, chorou copiosamente. Os passos dos inúmeros guerreiros que se dirigiam para a luta afundaram a terra formando um grande sulco e suas abundantes lágrimas formaram um córrego que percorrerá o caminho aberto pelos guerreiros em direção ao norte para então, encontrar-se com o oceano. Assim, teria se formado o Opará - (rio mar) nome dado pelos filhos de Tupã, os verdadeiros donos da terra - ao Rio São Francisco.
terça-feira, 20 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Os povos ribeirinhos
Povos Ribeirinhos - Religiosidade, a Arte e a Cultura do Homem Sertanejo.
Este texto foi compilado e adaptado para este Blog.
Texto original SASP-Sociedade Amantes do Samba Paulista (enredo Mocidade Alegre 2006) Ribeirinhos do Baixo São Francisco recebem formação socioambiental
(18/05/2010) Globo Rural Online
Mais de 60 líderes ribeirinhos do baixo São Francisco -que abrange Sergipe e Alagoas- junto com estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) iniciam nesta terça-feira (18/5) o primeiro Curso de Extensão para Formação Socioambiental de Comunidades Ribeirinhas do Baixo São Francisco.
O curso será realizado na cidade de Penedo, Alagoas, e pretende formar os participantes para que tenham noções sobre recuperação de áreas degradadas, lagoas marginais (berçários de peixes), e identificação de espécies invasoras.
Os participantes receberão também noções sobre educação ambiental e mobilização social e, ao final do curso, programado para quatro dias, os alunos vão apresentar as estratégias de ações de médio e longo prazos para fazerem parte do rol de atividades destinadas à revitalização do Rio São Francisco.
Além de informações específicas sobre a revitalização, os participantes terão apresentações sobre a cadeia produtiva para criação de abelhas nativas, alternativa de geração de emprego e renda para além da época do defeso e exibição de vídeos.
As comunidades ribeirinhas se organizam ao longo das margens do São Francisco e sobrevivem de atividades como a pesca artesanal e mariscagem. Além do sustento diário, esses moradores têm no rio sua maior referência simbólica e cultural.
Como atividade extra-curso, os alunos farão visita ao Centro Integrado de Referência (CenIR), que é uma estrutura socioeducadora de convergência de ações para a revitalização. O Centro trabalha com a recuperação de áreas degradadas, turismo sustentável, zoneamento ecológico econômico, além de disseminar experiências exitosas da região.
O Curso de Extensão para Comunidades Ribeirnhas do Baixo São Francisco é apoiado pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com as secretarias de Meio Ambiente e Recursos Hídricos dos estados de Alagoas e Sergipe, prefeitura do município de Canindé do São Francisco (SE) e prefeitura de Penedo (AL).
segunda-feira, 5 de abril de 2010
O Apito do Último Vapor do Rio São Francisco
Toda vez que os barranqueiros mais antigos ouvem este apito se emocionam.
Vi lágrimas rolarem das faces cansadas, mas fascinadas, na cidade de São Romão, na hora em que o Benjamin Guimarães chegou.
Videos gentilmente postados por Luisa Pfau
quinta-feira, 1 de abril de 2010
As carrancas do São Francisco
Segundo o dicionário Aulete, carranca significa:
1 Cara fechada, emburrada, demonstrando mau humor
2 Bras. N.E. Mar. Figura ornamental que se punha na proa de embarcações; CARA de PAU
3 Careta, caraça
2 Bras. N.E. Mar. Figura ornamental que se punha na proa de embarcações; CARA de PAU
3 Careta, caraça
9 Bras. BA Folc. Caraça (2) entalhada em madeira e colorida rusticamente colocadas nas proas das embarcações do rio São Francisco para afastar os maus espíritos; CABEÇA DE PROA.
As carrancas, figuras geralmente entalhadas em madeira, representam um ser fantasmagórico que se apresenta sempre com extensa cabeleira, os dentes pontiagudos à mostra e olhos ameaçadores. Essas peças nos lembram um ser místico de extrema ferocidade que misturam traços humanos e traços animalescos, apresentando a expressão furiosa de uma figura mitológica disforme. Eram colocadas à frente dos barcos (proa) e tinham como objetivo, segundo o imaginário popular, afugentar os lendários personagens que habitavam as águas do São Francisco, como por exemplo a Mãe-d'água o Minhocão e o Negro d'água.
Pintura: Márcia Berenguer Cabral
by lucasgalodoido
Conforme asseguram os historiadores, as barcas que navegavam pelo rio São Francisco foram as únicas embarcações primitivas, de povos ocidentais, que usaram figuras de proa como amuleto contra os perigos imaginários descritos por lendas e crendices. A exemplo dos Vikings, que enfeitavam as proas de seus navios com esculturas assustadoras de serpentes e dragões, os barqueiros do São Francisco, talvez tinham o mesmo objetivo daqueles povos Nórdicos , ou seja, proteger as suas frágeis embarcações dos monstros do rio e das tempestades além de propiciar uma boa pesca.
Essas esculturas, apesar de horripilantes, se destacam na arte popular brasileira pela sua expressividade e pela originalidade típica do nordestino, que utilizando sua imaginação, sua extrema superstição e a sua crença em lendas e no maravilhoso, criavam o que hoje se tornou uma obra de arte, uma peça de decoração disputada até por estrangeiros. Um dos mais famosos escultor, foi o carranqueiro Biquiba Dy Lafuente Guarany, (o mestre Guarany) que se notabilizou pela quantidade e qualidade de sua obra. Hoje, inúmeros carranqueiros sobrevivem dessa arte que tem grande aceitação como objeto de arte e decoração.
Foto by Luisa Pfau
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