Um Rio de planalto



O São Francisco é considerado um rio de planalto, uma vez que ele é entrecortado por várias cachoeiras e corredeiras em diversos pontos em seu percurso. Ao sair da área serrana da Canastra, em seu alto curso, forma primeiramente a cachoeira Casca D' Anta, com 200m de altura.

                                                                                       
























Cachoeira Casca D' Anta

A partir do salto de Pirapora, próximo a cidade de mesmo nome, em Minas Gerais, inicia-se o chamado médio curso, entre 480 e 370m de altitude em que o rio torna-se navegável por 1300km, até Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) cidades unidas por uma ponte fluvial. A partir desse ponto o Rio dará início à travessia do sertão semi-árido, onde a maioria de seus afluentes são temporários, é quando o São Francisco assume um papel de fundamental importância, quer como fonte de abastecimento de água, quer como via de comunicação.

Apesar da perda de relativa importância do transporte fluvial devida à expansão da rede rodoviária as embarcações denominadas gaiolas ainda navegam entre Pirapora e Juazeiro transportando passageiros e mercadorias.

Um longo trecho encachoeirado, abaixo de Juazeiro marca a passagem do planalto para a planície. Situam-se aí as quedas de Paulo Afonso (80m de altura) e de Itaparica.

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 Hidrelétrica de Paulo Afonso




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Represa de Itaparica


 Lago de Sobradinho






O restante do baixo curso, até a foz no oceano Atlântico, desenvolve-se na planície litorânea.

É significativo o aproveitamento do potencial hidrelétrico do São Francisco: no seu alto curso a usina de Três Marias abastece parte da região Sudeste; as usinas de Paulo Afonso, Itaparica e Moxotó fornecem energia elétrica para o Nordeste.
A necessidade de regularização do débito no médio curso, sujeito aos efeitos das secas prolongadas, levou à construção da barragem de Sobradinho e à formação de um lago, que em alguns trechos tem mais de 30Km de largura, sendo o maior lago artificial do mundo. Programas de intervenção federal proporcionaram nas últimas décadas um melhor aproveitamento agrícola (frutas e hortaliças), sobretudo no médio curso, as culturas comerciais irrigadas vêm se sobrepondo às tradicionais lavouras de vazante e à pecuária extensiva.















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